Currículo e adjetivo é o que não faltam para Rodrigo e Deives. Esse texto poderia ser dividido em tópicos para que uma comparação pudesse ser melhor observada diante dos números dos capitães de Magnus e Corinthians. Os dois times entram em quadra neste domingo, em São Paulo, pelo primeiro jogo da final da LNF 2020. A partida será às 18h com transmissão ao vivo do Sportv para todo o Brasil.

Donos dos dois melhores ataques da competição, tanto o time da capital quanto o do interior, devem aos experientes jogadores a mesma parcela de vezes em que o goleiro adversário pegou a bola no fundo das redes. Dos 71 gols do Magnus e dos 58 do Corinthians, cada um deles anotou 13. Artilharia que ambos, curiosamente, também dividiram na temporada 2016, quando terminaram com 20 gols a Liga.

“Quando inicia a LNF, a gente nunca pensa em ser artilheiro e sim ajudar o clube com gols para chegar nas competições. Quando a gente chega nas decisões, os títulos individuais aparecem, pois você está mais em destaque”, garante Rodrigo, camisa 14 campeão da LNF em 2009, pela ACBF. Em Sorocaba, o “Capita” ainda não conquistou esse troféu, embora seja um dos principais nomes da história do clube.

Guilherme Mansueto

Rodrigo é um dos maiores nomes da história do Magnus e tenta outro título da LNF. Foto: Guilherme Mansueto

Do outro lado, Deives carrega outra bagagem respeitosa. Na sua segunda passagem pelo clube do Parque São Jorge ainda não conheceu o que é o gosto de perder sequer uma das onze decisões que disputou. Somente no último jogo que garantiu a classificação fora de casa contra o Joinville, ele fez os três da vitória por 3 a 1.

“Os números individuais são importantes desde que seja acompanhada de títulos coletivos. Temos um grupo muito qualificado e eles fazem toda diferença” afirma o goleador de 35 anos de idade.

Juliano Schmidt

Deives simplesmente venceu todas as decisões que disputou com a camisa do Timão. Foto: Juliano Schmidt

Além de artilheiros em 2016 quando se enfrentaram na final, os dois também ganharam prêmios individuais. Rodrigo foi eleito o melhor fixo e Deives o melhor pivô, fora o troféu do craque da competição. Assim como mais um caneco da LNF está perto para os dois lados, o posto de goleador segue aberto.

“Na hora do jogo a gente não pensa sobre isso. Pensa em ser campeão que é o que fica para a carreira. Se a artilharia vier, é consequência. Com 36 anos já passei por muita coisa e sei bem administrar isso e focar no título”, afirma Rodrigo, artilheiro outras duas vezes da Liga: em 2012 com 24 e no ano passado com 19 gols marcados.

O reencontro na final acontece quatro anos depois. Em 2016, o Corinthians ficou com o caneco ao vencer as duas partidas: 3 a 2 na casa do rival – com Rodrigo e Deives marcando um gol cada – e depois 5 a 2, com dois gols do corintiano enquanto o colega amargou uma expulsão.

“Quatro anos depois reeditamos uma grande final. A questão da artilharia entre eu e o Rodrigo é um algo a mais para esta disputa”, encerra Deives que tenta o quarto título da Liga – os outro foram conquistados com a Intelli e Santos.