Campeões dos Jogos Sul-Americanos da Juventude com a seleção brasileira de futsal, os alas Alex e Léo são parceiros de longa data na modalidade. Os dois atletas, que atualmente defendem o Minas Tênis, jogam juntos desde a escolinha do Catiguá, clube de Patrocínio, cidade natal da dupla.

Alex e Léo foram importantes no título da seleção brasileira sub-18 em Rosário, na Argentina. Eles jogaram no mesmo quarteto e mostraram o entrosamento que carregam desde a época em que começaram no futsal. Alex ressalta a sintonia que os dois têm em quadra.

– Jogamos juntos desde os 7 anos. A gente se conhece bem, só pelo olhar já sabemos o que o outro vai fazer. É muito bom estar junto com ele realizando esse sonho de chegar à seleção, representar nosso país – disse Alex, que terminou o Sul-americano com quatro assistências.

Léo também destacou o entrosamento que eles adquiram, com o passar dos anos, treinando juntos.

– Eu e o Alex temos várias jogadas “nossas”. A gente se entende em um simples olhar ou até mesmo nos movimentos dos dedos das mãos. Então, quando estamos em quadra, um sempre procura o outro – afirma Léo, que marcou cinco gols e foi o artilheiro do Brasil na competição.

A seleção brasileira sub-18 venceu as quatro partidas que fez nos Jogos Sul-Americanos da Juventude e conquistou o título superando a anfitriã Argentina por 3 a 0 na decisão. Alex valorizou a preparação do Brasil, que foi feita em Teresópolis-RJ.

– Treinamos na Granja Comary e depois fomos para a Argentina. Nosso time foi melhorando a cada jogo. Chegamos na final bem preparados e conseguimos sair com a vitória em cima da Argentina, com o ginásio cheio. É uma sensação que não dá nem pra explicar – afirmou.

Léo ressaltou a medalha de ouro conquistada já no primeiro torneio com a camisa da seleção e falou da alegria de compartilhar o momento ao lado de Alex.

– Vestir a camisa da seleção pela primeira vez é muito gratificante, e mais ainda, sair com o título da competição. E vestir a amarelinha com ele, a sensação é de estar colhendo os frutos que a gente plantou lá atrás. Desde novos, levávamos o futsal com muita responsabilidade, e hoje estamos com os resultados aí – disse Léo.

Primeiro treinador

Alex e Léo cruzaram os caminhos na escolinha de futsal do Catiguá. Flávio Reis, o Flavinho, treinou os garotos na fase de iniciação deles na modalidade. O técnico, que hoje trabalha em Carmo do Paranaíba-MG, relembra de quando comandou os dois garotos no clube de Patrocínio.

– Lembro que jogamos um torneio regional sub-9 e eles se destacavam. O Léo pela potência, pela boa estatura, um canhoto que sabia driblar e chutar. O Alex era a cópia do pai. Tinha ginga e leitura de jogo já naquela idade, mas com um problema para ser corrigido, ele batia demais – brincou.

Flavinho afirma que os dois já tinham um talento nato desde pequenos e disse que quem mais influenciou na formação deles foi Hygor Fonseca, pai de Alex, que treinou os dois do sub-11 ao sub-15 no Catiguá.

– Era talento puro. Minha influência sobre eles foi zero. Tudo que eles aprenderam veio depois no sub-11 já com o treinador Hygor Fonseca – disse.

O técnico Flavinho ainda comentou sobre a importância de dois atletas de Patrocínio chegarem à seleção brasileira de base. Segundo ele, isso serve de espelho para os garotos da cidade que estão iniciando no futsal.

– Acho extremamente importante. Atletas desse nível [do Alex e do Léo] levam o nome da cidade para o Brasil e para o mundo. Além do mais, eles serão sempre uma inspiração para os garotos que estão começando – falou.

Após o título com a seleção brasileira sub-18, Alex e Léo estão de volta ao Minas. Na atual temporada, os dois fazem parte da equipe adulta do time de Belo Horizonte nas disputas da Liga Nacional de Futsal e da Copa do Brasil.