André Sanano FPF

João Máximo é um dos mais experientes do grupo. Foto: André Sanano FPF

A Seleção Nacional de Portugal prossegue este sábado com os trabalhos de preparação para o Campeonato do Mundo Lituânia 2021. A Equipe das Quinas concentrou-se a 8 de agosto, em Rio Maior, e depois de duas semanas que incluiriam a realização de duas partidas de preparação – diante do Japão (3-2) e da Venezuela (2-1) – cumpre a terceira semana de trabalhos de Viseu. Depois de dois jogos consecutivos – Diante Angola (4-3.) e Uzbequistão (1-3) -, o conjunto luso cumpre mais um dia de treinos antes de fechar mais uma etapa do estágio, com o jogo com a Costa Rica – domingo, pelas 19h00, no Pavilhão Cidade de Viseu.

João Matos, a caminho do seu terceiro Mundial (esteve nos Mundiais da Tailândia em 2012 e da Colômbia em 2016) e da sua oitava fase final (esteve também nos Europeus de 2012 [Croácia], 2014 [Bélgica], 2016 [Sérvia] e 2018 [Lituânia]), explicou ao fpf.pt com tem visto a preparação e a evolução da equipe ao longo destas três semanas e ainda com pouco mais de duas semanas antes do pontapé de saída no Mundial (Portugal estreia-se no Mundial da Lituânia 13 de setembro, diante da Tailândia).

“Está um trabalho extremamente bem desenvolvido. Estamos numa fase crescente de forma física, de consistência do processo que o Selecionador quer que tenhamos e o entrosamento entre nós também está cada vez melhor, mas tem sido duro, muito intenso e isso tem-se refletido, principalmente, nos momentos competitivos que nós temos tido. Sentimos esse cansaço muito acumulado, mas tem sido bom. O ambiente é extraordinário entre todos – entre atletas, entre staff e atletas. Vive-se aqui um grande ambiente que ajuda muito na forma de trabalhar e na boa disposição que vive no seio da Seleção. O balanço é positivo. Não olhamos para os resultados, mas sim para a forma como nos apresentamos no jogo, a forma como atacamos, como defendemos… com está o entrosamento entre nós. Tem sido positivo, principalmente comparando com as outras fases finais.”

Depois de uma excelente temporada ao nível individual e coletivo, o fpf.pt quis saber que João Matos os portugueses podem esperar neste Campeonato do Mundo.

“Não fujo à minha responsabilidade, independentemente das conquistas que têm acontecido. Sei que também tenho um outro tipo de responsabilidade na Seleção. Aquela característica aguerrida de concentração, de dedicação, de leitura de jogo… e ajudar principalmente os meus colegas. Que cada um faça o seu papel. Estando eu ciente do meu papel é fazê-lo da melhor forma possível para ajudar o coletivo. É assim que sempre trabalhei. Jogo a jogo, objetivo a objetivo, com maior dedicação, o maior empenho e dando tudo pela equipe.”

Com 156 convocações, um dos capitães de equipe, tem menos uma fase final que Ricardinho (três mundiais e cinco europeus) tantas fases finais como Bebé (três mundiais e quatro europeus) e mais duas que Bruno Coelho (um mundial e quatro europeus). Depois há jogadores com três, duas ou uma fase final e seis estreantes – Afonso, Edu, Erick, Pauleta, Tomás Paçó e Zicky. João Matos destaca a “maturidade muito acima da média” dos jogadores que se preparam para estrear no Mundial.

“São jogadores que, de uma forma positiva, não respeitam o adversário. Não receiam qualquer tipo de obstáculo que tenham pela frente e isso é extraordinário. São jogadores mais irreverentes, mais explosivos. É muito completa esta Seleção, com características diferentes daquela que, por exemplo, disputou o Mundial da Colômbia. Isto tudo bem encaixado e bem preparado… Portugal tem aqui uma Seleção extraordinária.”

Com dois jogos para disputar na próxima semana, diante do Paraguai, João Matos explicou o que é preciso para o jogo de preparação com a Costa Rica, que representa o epílogo de mais uma semana.

“Acima de tudo, para terminar bem, é nós fazermos aquilo que é o plano de jogo para este jogo-treino… é não entregarmos nada… ir aprimorando, cada vez mais, as bolas paradas, os esquemas táticos e a leitura de jogo. Fazermos isso, significa um jogo bem conseguido, independentemente do resultado. A Costa Rica deve apresentar-se com o goleiro subido, apresentando um cinco para quatro. Tem jogadores muito irreverentes, um pivô muito forte. Vai apresentar um jogo muito mais instável do que o Uzbequistão. Vai ser um bom teste para nós. Vamos ver como reagimos ao acumular de cansaço e a um resultado negativo. Está aí uma boa oportunidade para darmos uma boa resposta e também para o mister avaliar o nosso estado ao final da terceira semana.”