Dioço Pinto

Portugal é o time a ser batido na Europa

A Seleção Nacional de futsal concentrou-se esta quarta-feira na Cidade do Futebol e já treinou no Pavilhão dos Leões de Porto Salvo, iniciando a preparação para o Campeonato da Europa Países Baixos 2022, que se disputa nas cidades de Amsterdã e de Groningen, entre os dias 19 de janeiro e 6 de fevereiro

Tomás Paçó soma 13 convocações e é entre os convocados para o Europeu o que menos vezes representou a Seleção A. O fixo foi um dos 16 campões mundiais, mas não escondeu que viveu com muito nervosismo o dia em que Jorge Braz revelou a lista de 14 eleitos para o Europeu.

“Posso confessar que estava muito nervoso, porque era um objetivo estar aqui presente. Não tinha sido convocado na última chamada [para os jogos com Espanha, em dezembro] e claro que sabia que podia não estar aqui. Agradeço a confiança do mister e estou muito grato por estar aqui.” À chegada, diz ter encontrado um grupo confiante e responsável, com o foco em fazer uma boa preparação.

“É um grupo que já se conhece muito bem. Estivemos dois meses no Mundial. Sabemos quais os objetivos desta equipa e acho que o grupo está confiante com muita responsabilidade. O objetivo agora passa por preparar-nos bem para o Europeu – para as equipas que vamos apanhar [Sérvia, Países Baixos e Ucrânia] – e focar muito na nossa equipa.

Apesar de Portugal se ir apresentar na prova enquanto detentor dos títulos de campeão do Mundo e da Europa. Tomás Paçó coloca os pés no chão e não vê a Equipa das Quinas como favorito à vitória.

“Somos mais uns candidatos a ganhar. Estivemos lá em cima no topo da montanha, mas agora voltámos a descê-la e temos de a subir outra vez, passo a passo para fazermos aquilo que está nos nossos objetivos.”

Apesar de ter apenas 21 anos, Tomás Paçó já  tem um currículo impressionante – conta com vários troféus nacionais e internacionais, nomeadamente o de campeão do Mundo e a Champions League ao serviço do Sporting.

“É muito gratificante já ter esse palmarés, mas vivo a minha carreira com grande responsabilidade, porque quero manter-me sempre lá em cima e estar nos momentos das grandes decisões.” O jogador luso não antevê  facilidades para mais uma fase final.

“Acho que vai ser difícil, como todas as competições internacionais. Acho que vai ser muito parecido ao Mundial, mas estou muito confiante porque a nossa equipa tem muita qualidade e sabemos muito bem para o que é que vamos.”

Tomás Paçó reconhece que Portugal irá ter de encarar todos os jogos como se tratassem de finais e aponta como um dos segredos da equipa encarar cada jogo como se de uma final se tratasse.

“Acho que esse é um dos nossos pontos fortes, que é encararmos cada jogo como se fosse uma final, como se fosse o último jogo e acho que esse é o segredo da nossa equipa.”

Tomás Paçó tornou-se no 150.º jogador a vestir a Camisola da Seleção A, estreando-se em abril de 2021, no último jogo de qualificação para o Europeu, diante da Noruega. O jogador confessa que não esperava um percurso tão regular, apesar de trabalhar para que tal acontecesse.

“Quando a aconteceu a minha chamada aqui… Eu queria vir e era para ficar. O que cada jogador quer é permanecer sempre. O mais difícil nem é chegar cá, é permanecer. Esse era um dos meus objetivos. Não sabia que ia correr assim tão bem, mas sempre trabalhei para que assim fosse e felizmente está a correr bem.”