A equipa principal de futsal do Sporting Clube de Portugal conquistou, nesta segunda-feira, a UEFA Futsal Champions League ao vencer o FC Barcelona por 3-4 em Zadar, na Croácia. Foi a segunda vez que o time de Nuno Dias ganhou o troféu – depois de 2018/2019 – e o 38.º título europeu do emblema de Alvalade.

Foi a quarta final do Sporting CP das últimas cinco temporadas e o terceiro embate com o FC Barcelona na competição; nas duas vezes anteriores, os catalães levaram a melhor, pelo que os Leões tinham a motivação acrescida na procura pela vitória. Nuno Dias apostou em Guitta, no gol, João Matos, Erick Mendonça, Alex Merlim e Pauleta.

O início, contudo, não correu bem ao Sporting CP. Logo no primeiro minuto, o FC Barcelona inaugurou o marcador quando Marsênio, num forte arremate frontal. Golpe cedo e duro, mas o time de Alvalade não baixou os braços e procurou chegar ao empate. Erick Mendonça atirou por cima e Alex Merlim viu, por duas vezes, o goleiro Didac Plana defender as suas tentativas com intervenções de qualidade. Do outro lado, Guitta impediu aquilo que parecia ser um gol certo a Adolfo, que tinha tempo e espaço para finalizar com sucesso, mas o guardião brasileiro esteve ao seu nível.

A seguir foi Esquerdinha a fazer com que o FC Barcelona ficasse, mais uma vez, perto do gol. Na cara de Guitta, o atleta dos catalães acertou no poste e, no rebote, André Coelho atirou ligeiramente ao lado. Taynan reagiu e teve nos pés uma boa oportunidade, mas agora foi Didac Plana a defender bem.

O duelo estava intenso e com investidas de parte a parte. Alex Merlim, para o Sporting CP, e Ferrão, para o FC Barcelona, não ficaram longe de marcar e, aos 12 minutos, Esquerdinha atirou novamente ao poste – desta feita, no entanto, através de um cabeceamento que surpreendeu tudo e todos. Didac Plana teimava em ser um obstáculo no caminho verde e branco e foi mais forte no frente-a-frente com Alex Merlim, Erick Mendonça e Zicky, que estava a dar muito trabalho aos adversários, enquanto o desafio seguia para o intervalo.

Não antes de, no entanto, o FC Barcelona chegar ao 2-0. Contra-ataque e Ximbinha, dobrando a vantagem blaugrana. O Sporting CP estava mais rematador (26 tentativas contra 19), mas do outro lado apareceu uma equipe mais cirúrgica nos 20 minutos iniciais.

A segunda parte começou e desde cedo se percebeu que o FC Barcelona havia baixado as suas linhas, ainda que isso também tenha acontecido por culpa do Sporting CP, que subiu as suas e não deixou o adversário ter bola. Isso não significou uma completa ausência do emblema culé do encontro, como se viu aos 25 minutos, quando Adolfo rematou, Guitta defendeu e a bola ainda bateu no poste. Em Zadar, estava agora em quadra uma espécie de catenaccio do futsal.

Mas o Sporting CP voltou muito forte dos vestiários e com grande vontade de dar a volta à situação negativa em que se encontrava. O primeiro passo nesse sentido foi conseguido aos 26 minutos; Alex Merlim viu o seu arremate bloqueado e a bola sobrou para Tomás Paçó, que atraiu os jogadores do FC Barcelona e descobriu Zicky sozinho. O pivô de 19 anos, com tempo e espaço, finalizou para o gol deserto e apontou o 2-1 que lançou os Leões para a vitória.

 

Pouco depois, chegou o empate. Pany Varela cobrou a reposição de linha lateral para o coração da área, onde estava Erick Mendonça para cabecear para o fundo das redes. 2-2 e grande festa verde e branca por tudo voltar a estar em aberto. Um novo jogo começava em Zadar. Logo a seguir, Taynan ficou a centímetros do gol e Tomás Paçó, com um fortíssimo e colocado chute, só não marcou porque Didac Plana realizou uma tremenda intervenção.

Contudo, não foi preciso esperar muito. A nove minutos do fim, Taynan cobrou um livre direto, Didac Plana defendeu para o poste e a bola caiu nos pés de João Matos, que só teve de encostar. 2-3, reviravolta conseguida e com três golos de três jogadores formados no Sporting CP. Uma epopeia épica com que muitos, certamente, sonharam.

Ainda faltava muito tempo e nada estava resolvido, mas a verdade é que era o grupo de Nuno Dias que estava por cima. O FC Barcelona não lidou bem com a entrada verde e branca na segunda parte, mas viu-se obrigado a subir as linhas depois do 2-3, o que não impediu que o Sporting CP continuasse a criar oportunidades por intermédio de Diego Cavinato, Pany Varela e Erick Mendonça.

O FC Barcelona avançou com o 5×4, mas encontrou pela frente uma defesa muito forte. Tão forte que Erick Mendonça, aos 37 minutos, roubou a bola e rematou para a baliza vazia, mas acertou no poste. Na recarga, ainda assim, Pany Varela não falhou e fez o 2-4. De 2-0 para 2-4, o Sporting CP sabia que estava muito perto de recuperar o título continental.

O FC Barcelona ainda reduziu por Ferrão, a dois minutos do fim, mas o 5×4 não causou mais mossa ao Sporting CP. Assim que tocou o apito final, com 3-4 para os Leões no marcador, rebentou a festa Leonina em Zadar. O capitão João Matos levantou o troféu pela segunda vez e a arena tornou-se propriedade verde e branca.

O Sporting CP volta a ser rei e senhor da Europa do futsal e aumenta (ainda mais) um espólio já gigante no que ao palmarés internacional diz respeito. Tão grande como os maiores da Europa!

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