Dudu parece ter pressa. No ritmo da sua fala acelerada, ele resume sua carreira, na qual a precocidade é marcante. “Desde os 16 anos comecei a jogar no futsal do Joinville na equipe adulta, então todos os títulos eu estava presente no elenco. Estou no meu nono ano no JEC”. Mas tenhamos nós calma para apresentar o personagem, que é natural da cidade catarinense e tricolor de coração.

Imprensa JEC

Camisa 2 do Joinville, Dudu. Foto: Imprensa JEC

Um olhar investigativo, com lupa mesmo, na sala de troféus do futsal do Joinville pode provar: as digitais do goleiro Dudu estão em todas as taças! Com apenas 25 anos e já próximo de alcançar uma década defendendo o clube do coração, o goleiro tem mais de uma dezena de títulos como profissional, além de outras conquistas como sub-20. Uma delas, aliás, foi especial para Dudu, aquela que ele considera ter tido o papel mais decisivo para o título; a Taça Brasil. “Lá em Sananduva, que a gente venceu o Vasco por 2×0 na prorrogação e eu fiz o segundo gol, o gol do título, digamos”, explica.

Esta história poderia, contudo, ser muito distinta da que estamos contamos. Já que Dudu treinava no futebol de campo “até o início de 2007”, mas a falta de paciência digna de um adolescente, não aceitou esperar pelo retorno dos treinos na grama e aproveitou o meio tempo para agarrar nas quadras. “Em janeiro os treinos do campo demoravam muito para voltar, e eu queria treinar, jogar, daí falei, ‘ah, vou voltar para o futsal’”. E voltou! Foi aí que surgiu o convite que mudou tudo. “Meu treinador me chamou com 15 anos para treinar com a equipe adulta e desde ali eu já estou treinando junto, mas jogava na juvenil, sub-17”, conta.

Dudu, que tem um metro 1,76, também era goleiro no campo, mas pela pouca idade, confessa que ficava pensando: “Ah, tenho 14 anos, vou crescer ainda… Mas graças a Deus voltei para o futsal né, porque não cresci”, argumenta.

Mas ainda sem espaço no time principal, a jovem promessa da zona sul da cidade, mostrou que aprendeu a esperar. E a observar também! “Quando eu jogava na base aqui a gente enxugava a quadra para o Tiago, Franklin, Rogério, Baranha, só craque, e eu sempre imaginava, ‘um dia quero jogar na Liga(Nacional), aqui no JEC, ser referência dentro do meu time’”, até que este dia chegou.

Ganhou a posição

“Ano passado, ali pelo final da segunda fase da Liga, o Vander me chamou. Eu estava sempre treinando até a exaustão e me preparando, para estar pronto. Falei, vou abraçar e não vou sair mais. Setembro, outubro, comecei a jogar e não saí mais. O Djony é um grande goleiro, um cara que eu respeito muito, mas é aquele negócio, cada um faz a sua e eu dei o meu melhor”.

Juliano Schmidt

Jogadores do Joinville celebram vitória convincente. Foto: Juliano Schmidt

Seleção

“O Vander me chamou para jogar o final da segunda fase, uns dois jogos, e depois contra o Corinthians e aí pouco depois fui convocado pela seleção, para o Grand Prix (2015). A gente tinha perdido para o Corinthians e ficou um ou dois dias sem treinar e eu estava na academia. Daí o James (supervisor) veio falar comigo que o Leco e eu tínhamos sido convocados, acho que por causa do Guitta, que não foi e eu fui chamado. Na verdade, nem acreditei. Só acreditei quando o Reinaldo (Simões, ex-supervisor da seleção) mandou uma mensagem que eu tinha sido convocado e precisava dos meus dados.

O cara sempre sonha com isso, mas não acredita que vai acontecer.

Acho que agora vai ter uma nova geração, o Brasil tem grandes goleiros, mas eu estando bem aqui no meu time a oportunidade na seleção vai aparecer”.

Melhor defesa da LNF2016

“É o trabalho da nossa equipe né. A gente sofre bastante lá atrás porque sabe que se tomarmos poucos gols, nosso ataque é bom então vamos conseguir as vitórias. A gente trabalha muito isso em equipe, somos muito focados na defesa. Isso está influenciando nos resultados e nos números”.

Quartas de Final contra a Assoeva

“Sentimento de que a gente fez um grande jogo, mas sabemos que não tem nada ganho. A gente tenta tirar o lado positivo disso (vitória no primeiro jogo na casa do adversário), continuar trabalhando e colocar na cabeça que não tem nada ganho. Dia 5 aqui em Joinville é pensar que a gente precisa da vitória, fazer o pensamento inverso. Se a gente tivesse perdido lá em Venâncio Aires, como a gente teria que enfrentar a Assoeva aqui? Então é assim que a gente vai trabalhar. Tentar fazer um jogo melhor do que lá em Venâncio Aires para conseguir a classificação tão sonhada para a equipe de Joinville”.

Imprensa JEC

Torcedor em quadra

“Meu time do coração é o JEC mesmo, futebol de campo a gente vê direto, eu sofro com o time quase caindo na série B (Brasileirão). Eu sou bem identificado (com o clube), tudo mundo sabe que eu sou JEC e que sou daqui”.

Quartas de final – Ida
Assoeva 2×3 Joinville – Para ver os gols CLIQUE AQUI.

Jogo de Volta
05/11 SÁB | 11:15 | #JECxASS | Joinville/SC – Transmissão do SporTV